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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aviso



Missa de Compromisso


Dia 02/12 – Domingo – Missa de Compromisso para os Irmãos da Irmandade de São Benedito – Santos, início 08:00 hs. Caso ocorra a impossibilidade de comparecimento, deverá substituir a missa em outra Igreja, sempre invocando o Glorioso São Benedito e agradecendo as graças alcançadas;

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Festejos / Festividades



124ª Festa da Irmandade Nossa Senhora do Terço – Santos/SP

     Estivemos presentes nas festividades, com a presença de vários irmãos, A Cerimônia religiosas, foi presidida pelo Pe. Adão Albino Caetano S.O.C., na Igreja de São José Operário – Santos. Após foi-nos oferecido uma recepção no salão social. Parabéns aos nossos queridos irmãos da INS terço.







segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Bazar Beneficiente Natal



BAZAR BENIFICIENTE DE NATAL

A Irmandade de São Benedito em 28/11/2012 cederá o salão social para o Grupo Projeto “Respeitar” / Santos – que desenvolve trabalho com dependentes químicos em uma chácara na cidade de Pedro de Toledo/SP.

Na referida data será promovido pelo referido Grupo um bazar beneficente de Natal

Compareça, prestigie e divulgue entre seus amigos e familiares. Todos que colaboraram, nosso muito obrigado.  

Dia Nacional Consciência Negra



Dia Nacional da Consciência Negra - 20.11.2012

 

  A Irmandade de São Benedito homenageia seu grande irmão Juiz “Major Quintino de Lacerda”, sepultado em nosso Jazigo na data de 10.08.1898. Os restos mortais encontram-se depositados em nosso Jazigo, junto com os despojos de sua esposa a Irmã Maria Isidora de Souza e sua filha Alzira Lacerda Gutierrez.

Quintino de Lacerda foi admitido em nossa Irmandade em 16.08.1886, conforme registro em nossos livros. 



            Imagem 1 - casa onde morou Quintino de Lacerda

Imagem 2 – “barracos de Quintino” no quilombo do Jabaquara em Santos/SP



 

Breve historiografia de Quintino de Lacerda:

Chefe do Quilombo do Jabaquara e primeiro líder político negro de Santos. Nascido em 08 de junho de 1839 em Sergipe, Quintino de Lacerda, foi o mais atuante agitador da abolição no litoral Paulista, garantindo abrigo a escravos fugitivos de toda a região do planalto, que aqui buscavam defesa.

O Quilombo do Jabaquara, na descrição de Silva Jardim, era verdadeiramente inexpugnável, defendido pelas encosta do morro do Jabaquara e com um único caminho de acesso permanentemente guardados pôr sentinelas de Quintino.

Em 1850 haviam 3.189 escravos em Santos, para uma população livre de 3.956 habitantes.

Não deixa de ser surpreendente que quinze anos depois já existia uma forte resistência organizada e que três meses antes da abolição do instituto da escravidão no Brasil, em Santos já não houvesse escravos. Tanto que dia 13 de maio de 1888 seguiram-se oito dias de festa populares, comícios, passeatas músicas e dança nas ruas.

Quintino de Lacerda, foi o centro das atenções e chegou a receber, em solenidade pública, um relógio de ouro, como um homenagem popular a seu mais querido líder abolicionista.


Com a abolição, o irrequieto Quintino lança-se à luta política, incorporando, pela primeira vez, os negros ao processo político na cidade. Organiza e comanda um batalhão na defesa contra uma possível invasão de tropas rebeldes interessadas em depor o Marechal Floriano Peixoto. Recebe, em reconhecimento, o título de Major Honorário da Guarda Nacional, em 1893.

Sua eleição para a Câmara municipal, em 1895, porém, faz eclodir uma grande crise política fomentada pêlos setores racista. Ela começa com a negação de sua posse como vereador.

A batalha judicial que se segue, chega aos tribunais paulistanos, e termina com a vitória de Quintino. Prevendo o desfecho em favor do líder negro, o presidente da Câmara, Manoel Maria Tourinho, renunciou ao mandato, seguido pelo vereador Alberto Veiga. O novo presidente José André do Sacramento Macuco, foi obrigado a empossar Quintino, mas renunciou também ao mandato, em seguida, declarando-se "enojado com o que via", segundo Francisco Martins dos Santos ("Histórias de Santos").

Registra o mesmo Historiador que apenas um dos inimigos de Quintino permaneceu na Câmara, embora passasse a não mais comparecer às sessões, Olímpio Lima, diretor do jornal "A Tribuna do Povo".  

As atividades da Câmara foram suspensas até 1º de junho, quando voltou a funcionar, sob a presidência interina do próprio Quintino.

No dia 9, os cargos vagos são preenchidos e, a 16, com base na Lei Eleitoral e devido às ausências em plenário, Quintino propõe e obtém, pôr unanimidade, a cassação de Olímpio Lima. O Jornalista, inconformado, voltou à Câmara a 12 de julho, tão logo foi empossado o novo presidente, Antônio Vieira de Figueiredo, mas foi solicitado a retirar-se, já que seu mandato fora cassado. Lima iniciou uma série violenta de ataques contra Quintino em seu jornal, e à própria Câmara, num processo que culminaria, pôr fim, com a revogação da Constituição Municipal autônoma, que fora em 15 de novembro de 1894 e durou menos de um ano.

Quintino de Lacerda morreu em 10 de agosto de 1898, deixando três filhos menores. Seu enterro foi acompanhado pôr um grande número de pessoas, um testemunho do reconhecimento de sua importância histórica.


Fonte: Historiadora de Santos: Wilma Therezinha Fernandes de Andrade, parte do TCC -  trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura Plena em História, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Santos da Universidade Católica de Santos, autora: Márcia Campelo.

Publicado no Diário Oficial do Município de Santos em 09 de julho de 1989.